Agronegócio do Brasil pode ganhar com tarifas dos EUA

Agronegócio do Brasil pode ganhar com tarifas dos EUA
Imagem: Canva

As recentes tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos a diversos parceiros comerciais podem abrir uma janela de oportunidades para o agronegócio brasileiro. Segundo informações divulgadas pela Consultoria Agro do Itaú BBA, apesar do cenário global de incertezas, o Brasil pode sair ganhando em competitividade em setores estratégicos como café, soja, algodão e proteínas animais.

Com a intenção de aplicar tarifas recíprocas anunciada pelos EUA, o mercado internacional passou a operar sob um ambiente de tensão. De acordo com o relatório, esse movimento trouxe temores de desaceleração econômica global, o que impactaria negativamente a demanda por commodities agrícolas como suco de laranja, café e algodão. No entanto, em um cenário de tarifas moderadas e sem recessão, os produtos brasileiros ganham força frente à concorrência americana.

“O Brasil pode conquistar fatias maiores de mercado em países como México, Canadá, China, Coreia do Sul e União Europeia”, avalia o Itaú BBA. Um exemplo concreto está no setor cafeeiro: enquanto o Vietnã — maior produtor mundial de robusta — foi taxado em 46%, o Brasil, Colômbia e Honduras foram alvos de uma tarifa de apenas 10%. Isso torna o café brasileiro mais competitivo no mercado americano, especialmente o robusta.

Tensões comerciais abrem espaço para o Brasil

Outro destaque é a soja. Mesmo já sendo um dos principais fornecedores da oleaginosa para a China, o Brasil pode ampliar ainda mais sua participação caso se mantenha a tarifa de 145% sobre as compras chinesas de soja dos EUA. Situação semelhante ocorre com o algodão: apesar de a demanda chinesa ser menor nesta temporada, o país asiático deve continuar recorrendo ao algodão brasileiro para substituir a pluma americana.

No segmento de proteínas animais, o Brasil aparece como alternativa viável para mercados que hoje compram majoritariamente dos EUA, como Japão, Coreia do Sul e Canadá. A queda de 1,1% prevista na produção americana de carne bovina em 2025, somada ao aumento das tarifas sobre concorrentes como Austrália e Argentina, favorece o produto brasileiro.

Por outro lado, o suco de laranja pode ser penalizado. A tarifa extra de 10%, além dos já existentes USD 415/t, pode elevar os preços ao consumidor nos EUA. Isso tende a reduzir a competitividade do produto brasileiro. O México, que pode seguir isento de tributos, passa a ter uma vantagem nesse cenário. Ainda assim, o relatório indica a possibilidade de expansão para mercados como União Europeia, China e Japão.

A Consultoria Agro do Itaú BBA ressalta que o cenário atual favorece o Brasil. No entanto, destaca que esse benefício pode ser temporário. Um eventual acordo entre EUA e China tem o potencial de neutralizar esses ganhos. “A definição dos rumos dependerá das tensões geopolíticas e dos termos dos acordos comerciais”, conclui o relatório.

Fonte: Aline Merladete | Agrolink

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