A Aboissa segue marcando presença nos debates mais relevantes sobre o futuro dos biocombustíveis.
Na edição nº 54 da revista Óleos & Gorduras, nosso especialista da unidade Oleochemical Products, Bruno Noronha, abordou um tema central para a sustentabilidade e a competitividade do setor: os riscos de fraude no mercado de Used Cooking Oil (UCO) e o avanço dos ácidos graxos residuais como alternativa confiável e sustentável.
Fraude no UCO e a ascensão dos ácidos graxos
O UCO se consolidou como uma das matérias-primas mais cobiçadas para a produção de biocombustíveis avançados, principalmente na Europa, onde se beneficia de incentivos como a contagem dupla para metas de energia renovável. No entanto, esse protagonismo trouxe à tona um desafio sério: a ocorrência de fraudes estruturadas na cadeia de suprimentos.
Investigações em países como Alemanha, Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos revelaram esquemas de comercialização de óleo de palma virgem disfarçado de UCO, comprometendo a integridade ambiental e a rastreabilidade do setor. Como resultado, estima-se que até um terço do UCO importado pela Europa possa ser fraudulento.
No entanto, no Brasil, apesar do grande consumo de óleo de cozinha — cerca de 3 bilhões de litros por ano — menos de 5% é reciclado. Atualmente, a produção nacional de UCO tratado e rastreável gira em torno de 15 mil toneladas por mês. Isso revela, portanto, um enorme potencial ainda pouco explorado. Entre os principais entraves, destacam-se a informalidade da cadeia, a baixa coleta fora dos grandes centros urbanos e a falta de investimento em infraestrutura.
Em contrapartida, os ácidos graxos surgem como uma alternativa segura e rastreável, com certificações reconhecidas internacionalmente, oferecendo segurança regulatória e ambiental aos compradores internacionais.
Confira o artigo completo na edição de abril/maio/junho, nas páginas 28 a 31.
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