Brasil cobra diálogo e contesta tarifa dos EUA

Brasil cobra diálogo e contesta tarifa dos EUA
Imagem: Canva

O governo brasileiro enviou uma carta ao governo norte-americano na terça-feira, na qual reafirma um pedido de diálogo sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Além disso, manifesta “indignação” com o anúncio da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Posteriormente, o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, juntamente com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, assinou a carta e a enviou ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e ao representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, conforme nota do ministério divulgada nesta quarta-feira.

O documento destaca, sobretudo, o “impacto muito negativo” das tarifas sobre setores importantes de ambas as economias. Além disso, ressalta que o Brasil já havia enviado uma carta às autoridades norte-americanas em maio. O Brasil enviou essa comunicação depois que os Estados Unidos anunciaram a tarifação ao país e a outras nações, acrescentou o MDIC.

Brasil pressiona EUA por diálogo e contesta tarifa de 50% sobre exportações

“O Brasil permanece pronto para dialogar com as autoridades americanas. Também está disposto a negociar uma solução mutuamente aceitável sobre os aspectos comerciais da agenda bilateral. O objetivo é preservar e aprofundar o relacionamento histórico entre os dois países, além de mitigar os impactos negativos da elevação de tarifas em nosso comércio bilateral”, disse a pasta.

“O governo brasileiro ainda aguarda a resposta dos EUA à sua proposta”, disse a pasta. A nova carta, enviada nesta semana, reitera o interesse do Brasil em receber comentários sobre o tema. O pedido foi direcionado ao governo do presidente Donald Trump.

Enquanto busca contato com as autoridades dos EUA, o governo brasileiro montou um comitê interministerial, presidido por Alckmin, para ouvir setores impactados pela tarifa e avaliar possíveis respostas à medida.

Após uma rodada de conversas na terça-feira com representantes da indústria e do agronegócio, o vice-presidente deu continuidade às tratativas nesta quarta-feira. Ele se reuniu com entidades brasileiras. Também participou de encontros com representantes de companhias norte-americanas.

Fonte: Bernardo Caram e Pedro Fonseca | Notícias Agrícolas

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