Imagem: Pixabay
“Essas negociações são necessárias porque os EUA impuseram sanções contra o Irã, e por isso as empresas brasileiras não se sentem seguras para adquirir fertilizantes iranianos — negócios com o Irã podem levar a punições por parte dos EUA a qualquer empresa que negocie uma série de produtos com essa nação asiática”, aponta a agência.
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As informações são do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, que participou de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado na última quarta-feira (6 de Abril). Ele ressaltou que o Irã possui um grande estoque de fertilizantes e tem a intenção de vender esse insumo para o Brasil.
“No Irã há um grande excedente de fertilizantes, mas os importadores brasileiros têm dificuldades para negociar. Na prática, o que fazemos com o Irã é um escambo, porque depositamos os recursos numa conta no Brasil, que é usada pelo Irã na compra de insumos médicos e alimentos. Por isso negocio com os Estados Unidos uma trégua temporária nesse embargo, para que empresas brasileiras possam negociar com o Irã sem sofrer represálias dos Estados Unidos”, disse o ministro.
“Os fertilizantes iranianos inclusive facilitam às empresas brasileiras atender melhor os mercados europeus e o dos próprios Estados Unidos. Vocês se lembram que há alguns anos até a Petrobras temeu abastecer um cargueiro iraniano atracado em Santa Catarina devido à possibilidade de represálias norte-americanas”, completou o chanceler.
Por: Leonardo Gottems | Agrolink