A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sexta-feira em alta, impulsionada pela redução na estimativa da safra argentina e pelo aumento das compras chinesas de farelo. No entanto, conforme análise da TF Agroeconômica, o acumulado da semana registrou queda nos preços.
Nesse contexto, a consultoria informou hoje que o contrato de março subiu 0,58%, fechando a US$ 1.036,00 por bushel. Já o contrato de maio avançou 0,55%, encerrando a US$ 1.052,75.
O farelo de soja para março teve uma valorização de 1,09%, sendo cotado a US$ 295,90 por tonelada curta. Por outro lado, o óleo de soja recuou 0,39%, sendo negociado a US$ 46,07 por libra-peso.
A alta diária foi sustentada pelos cortes na produção argentina e pelo aquecimento da demanda chinesa por farelo de soja, fatores que ajudaram a recuperar os preços do grão. Além disso, a melhora na paridade cambial do dólar frente ao real favoreceu as exportações brasileiras, reduzindo a competitividade dos embarques norte-americanos. O recente decreto de reciprocidade tarifária, assinado pelo ex-presidente Donald Trump na quinta-feira, também contribuiu para dar suporte às cotações.
Apesar do avanço no último pregão da semana, o saldo semanal da soja foi negativo. O contrato de março acumulou queda de 1,29% (-US$ 13,50 cents/bushel). O farelo de soja recuou 1,82% (-US$ 5,50/ton curta), enquanto o óleo de soja apresentou leve alta de 0,20% (+US$ 0,09/libra-peso). O mercado segue atento à demanda chinesa e ao cenário climático na América do Sul, que pode continuar impactando os preços nas próximas semanas.
Fonte: Leonardo Gottems | Agrolink
