Imagem: Adobe Stock
O mercado da soja continua subindo na Bolsa de Chicago nesta manhã de segunda-feira (12). Os futuros da oleaginosa, por volta de 7h50 (horário de Brasília), subiam de 3,75 a 8,25 pontos nos contratos mais negociados, com o julho valendo US$ 13,90 e o novembro, US$ 12,12 por bushel. O clima nos EUA segue no centro das atenções.
As chuvas durante o final de semana foram apenas pontuais, com baixos volumes e ainda muito aquém da necessidade de importantes áreas de produção do Corn Belt.
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“As previsões continuam com chuvas abaixo do normal. Junho repete o mesmo padrão de Maio e Abril. O mercado vai adicionar prêmio clima”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. “Final de semana com chuvas abaixo das necessidades. No sábado, chuvas leves e esparsas nas Dakotas, Nebraska, Kansas e Oklahoma, com o restante do Corn Belt totalmente seco. No domingo, chuvas de até 25 mm nas áreas centrais, pegando inclusive Iowa,Missouri, Dakota do Sul e do Norte, Kansas, sul de Minnesota, Arkansas e Louisiania, o restante do corredor, seco no geral”.
O plantio 2023/24 norte-americano está praticamente concluído e níveis adequados de umidade agora são determinantes para garantir um desenvolvimento adequado das lavouras. Dessa forma, à espera das precipitações, o mercado espera que no boletim semanal de acompanhamento de safras a ser divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda, haja um declínio na qualidade dos campos.
“Várias áreas do Corn Belt estão deficitárias, como exemplo, o centro e o norte de Illinois e leste de Iowa, tem regiões que não choveu mais do que 20% do normal”, complementa Sousa.
Além do clima nos EUA, os traders seguem acompanhando também a pouca evolução nas negociações entre Rússia e Ucrânia, o que mantém o acordo para a exportação de grãos comprometido, mantendo limitada a oferta tanto de milho, quanto de trigo, o que também dá suporte aos preços. Na manhã de hoje, o milho subia quase 2% na CBOT.
Atenção ainda ao financeiro e ao comportamento da demanda, em especial da China, impactando no comportamento das cotações.
Fonte: Carla Mendes | Notícias Agrícolas