Brazil demands EU reinstatement of chicken exports

Brasil cobra UE por volta das exportações de frango
Image: Canva

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, solicitou formalmente à União Europeia o reconhecimento do Brasil como país livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), com o objetivo de retomar as exportações de carne de frango ao bloco. O pedido foi feito nesta quinta-feira (10), durante uma videoconferência com o comissário europeu de Saúde e Bem-Estar Animal, Olivér Várhelyi.

Por consequência, a União Europeia suspendeu as importações do produto brasileiro em 16 de maio. A decisão foi tomada logo após a confirmação de um foco da doença em uma granja comercial localizada no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Dessa forma, a medida segue o protocolo sanitário firmado entre o Brasil e o bloco europeu. O acordo prevê a suspensão automática das exportações em caso de detecção da doença em plantéis comerciais.

União Europeia avalia retomada das importações de carne de frango do Brasil

Durante a reunião, o comissário europeu solicitou ao governo brasileiro o envio de informações técnicas adicionais. Esses dados, por conseguinte, referem-se à situação sanitária no país e são parte do processo de avaliação para uma possível reabertura do mercado.

Em nota, o Ministério da Agricultura informou que buscou, no encontro, construir um caminho diplomático e técnico para derrubar as restrições impostas pela União Europeia. O ministério também ressaltou que o episódio registrado em Montenegro foi pontual. As autoridades contiveram a situação de forma eficaz, sem causar impacto significativo no status sanitário geral do país.

Ao final da videoconferência, o ministro Fávaro afirmou que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está mobilizado para atender às exigências adicionais da UE com a maior celeridade possível. “Saio satisfeito com os encaminhamentos da reunião e confiante de que, com o envio das informações complementares solicitadas, o Brasil terá seu status sanitário devidamente reconhecido pela União Europeia, permitindo a retomada plena das exportações de carne de frango”, disse o ministro.

Também participaram da reunião o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. Estavam presentes, ainda, o secretário adjunto de Defesa Agropecuária, Allan Alvarenga, e o secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira. O diretor do Departamento de Saúde Animal da SDA, Marcelo Mota, também integrou o grupo. Além dele, participaram a chefe da Assessoria Especial de Comunicação Social do Mapa, Carla Madeira, e o adido agrícola do Brasil em Bruxelas/UE, Glauco Bertoldo.

Brasil reforça vigilância sanitária e mira reabertura de mercados internacionais

O comissário Olivér Várhelyi agradeceu a transparência do governo brasileiro em relação ao surto e reconheceu a agilidade das autoridades na contenção da doença. Além disso, afirmou: “Como você sabe, nossas regras vão além dos parâmetros definidos pela OMSA. Ainda precisamos de informações adicionais sobre seu programa de vigilância. Trata-se de um procedimento técnico e rotineiro, aplicado de forma uniforme tanto a países terceiros quanto aos próprios Estados-membros da União Europeia”, explicou Várhelyi na nota do Ministério da Agricultura.

Por sua vez, o Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, segue defendendo que mantém um sistema de vigilância robusto. Também afirma cumprir protocolos rígidos de biossegurança. Dessa forma, a expectativa é de que, com a apresentação dos dados complementares, a União Europeia reconsidere a suspensão. Assim, o país espera que o bloco restabeleça as importações nos próximos meses.

Na mesma linha, nessa terça-feira, 8, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nota oficial. No comunicado, a pasta informou que Filipinas, Singapura e África do Sul já retiraram as restrições. As medidas envolvem os embarques de carne de frango brasileira.

Por fim, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, destacou por meio de nota que o saldo registrado em maio e junho demonstraram um impacto real inferior ao que se chegou a especular com as suspensões decorrentes do único foco identificado e já resolvido de Influenza Aviária em produção comercial. “Agora, com a publicação da autodeclaração do Brasil de Livre de Influenza Aviária junto à Organização Mundial de Saúde Animal, a maioria dos mercados retomaram o fluxo das exportações e outros deverão restabelecer em breve. A expectativa, portanto, é que ocorra uma significativa evolução nos níveis dos embarques neste segundo semestre, ampliando o resultado positivo esperado para este ano”, avaliou.

Source: Andressa Simão | Notícias Agrícolas

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