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A AgResource ressalta, por outro lado, que os estoques brasileiros de milho “permanecem abundantes e os estoques finais no Brasil provavelmente aumentarão, apesar da necessidade da Europa de grãos de origem não transgênicos”.
“Assumindo o calendário de safras de março a fevereiro do Brasil, com uma safra de 116 milhões de toneladas e as exportações até o momento, os estoques de milho em 1º de outubro no Brasil são calculados em 49 milhões de toneladas, ante 27 no ano passado e um total de 15 milhões de toneladas acima do recorde que foi registrado em 2016”, dizem os analistas de mercado.
Ao contrário dos anos anteriores, aponta a Consultoria, neste inverno não há medo de escassez regional no Brasil, já que desde julho houve chuvas nas principais áreas do sul e centro do Brasil: “A semeadura da primavera está acelerando. As exportações brasileiras de milho em setembro devem atingir pouco menos de 8 milhões de toneladas, um novo recorde, sendo que o anterior foi de 7,6 milhões de toneladas no mês de agosto”.
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“Com base no superávit disponível brasileiro e aplicando a tendência sazonal normal aos embarques mensais, as exportações brasileiras devem ficar acima de 5 milhões de toneladas em novembro. O Brasil nos últimos anos inundou o mercado com oferta logo após a colheita da safrinha em abril. Mas este ano, a oferta de milho não deve esgotar até o final do ano-safra local em fevereiro e a soja terá prioridade nos terminais de exportação a partir de fevereiro”, apontam.
A AgResource acredita que é improvável que o Brasil “renuncie totalmente seu domínio do comércio mundial de grãos para alimentação animal por mais de 90 dias. Durante a segunda-feira a noite, o milho brasileiro foi oferecido de 0,55 a 0,75 centavos de dólar a menos que o de origem americana. Parece que nem mesmo a demanda europeia recorde não irá abalar a disposição do Brasil de se manter competitivo no mercado mundial”, conclui a AgResource.
Por: Leonardo Gottems | Agrolink