Japão suspende importação de aves do RS

Japão suspende importação de aves do RS
Imagem: Canva

O governo do Japão suspendeu, desde sexta-feira (16), a importação de aves vivas oriundas do Rio Grande do Sul, além de proibir temporariamente a entrada de carne de aves e ovos frescos produzidos no município de Montenegro, localizado na região metropolitana de Porto Alegre. A medida foi adotada após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial na cidade gaúcha.

De acordo com Thiago Oliveira , CEO da Saygo , holding especializada em comércio exterior, câmbio e soluções tecnológicas para operações internacionais, aponta que a suspensão está alinhada com protocolos internacionais de controle sanitário. “Essa decisão é uma resposta imediata ao risco sanitário identificado. Países como o Japão mantêm uma política específica de proteção ao seu plantel e à saúde pública”, explica.

O comunicado oficial, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, classifica a medida como temporária e localizada, destacando que a restrição abrange todas as importações de aves vivas provenientes do Rio Grande do Sul, e apenas os produtos in natura oriundos de Montenegro.

Impactos econômicos e riscos para o setor avícola brasileiro

A gripe aviária é considerada uma das principais ameaças à produção avícola mundial, não apenas pelos impactos sanitários, mas também pelas consequências econômicas nas cadeias de exportação. O Brasil, que é o maior exportador global de carne de frango, enfrenta prejuízos significativos sempre que surtos da doença sejam confirmados, mesmo que isoladamente.

Oliveira pondera que o episódio deve servir de alerta para o setor. “É fundamental que o Brasil intensifique seus mecanismos de monitoramento e contenção para evitar que casos pontuais comprometam mercados estratégicos. O Japão é um dos principais parceiros comerciais do país no setor avícola, e qualquer ruptura, mesmo que localizada, gera desconfiança e impacta negociações futuras”, afirma.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil ainda não se manifestou sobre eventuais tratativas diplomáticas para reverter a decisão japonesa, mas analistas de mercado já estimam impactos pontuais nas exportações de maio e junho.

O caso em Montenegro é o primeiro de gripe aviária registrado em uma granja comercial do Rio Grande do Sul neste ano. Até então, os focos identificados no Estado envolviam apenas aves silvestres. A confirmação da infecção em ambiente de criação intensiva eleva o nível de alerta das autoridades sanitárias e pode gerar reações semelhantes de outros países importadores.

Setor avícola revê estratégias diante de vulnerabilidades expostas

Ainda de acordo com Thiago Oliveira, a gestão de crises sanitárias no setor avícola exige comunicação rápida, transparência e reforço dos controles internos. “É preciso evitar a propagação do medo e demonstrar, com dados técnicos, que o episódio está contido. A previsibilidade é um ativo importante no comércio internacional”, destaca.

Além do impacto direto nas exportações gaúchas, a medida japonesa expõe a vulnerabilidade de cadeias produtivas equipamentos regionalmente. Segundo Oliveira, a descentralização dos polos de produção e o investimento em biossegurança deverão ganhar ainda mais relevância na agenda estratégica das empresas do setor. “Quando um Estado concentra boa parte da produção destinada à exportação, qualquer interrupção tem efeito de cascata. O Brasil precisa de planos de reforço de contingência regionalizados para manter a confiança dos parceiros comerciais”, avalia.

Enquanto autoridades brasileiras e exportadoras tentam mitigar os efeitos da suspensão, o episódio reacende o debate sobre a diversificação de mercados e produtos. Para Thiago Oliveira, essa é uma oportunidade de reavaliar a dependência de mercados específicos e ampliar a oferta de produtos com maior valor agregado. “Além de conter os prejuízos, o momento exige visão estratégica. Investir em certificações sanitárias internacionais e ampliar a presença em mercados emergentes pode reduzir os riscos em futuras crises sanitárias”, conclui o CEO da Saygo.

Fonte: Notícias Agrícolas

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