ONU alerta que última década foi a mais quente já registrada

ONU alerta que última década foi a mais quente já registrada
Imagem: Pixabay

Esta última década foi confirmada como a mais quente já registrada, mantendo uma tendência alarmante de 30 anos, impulsionada “por emissões de gases de efeito estufa de atividades humanas”. As declarações foram feitas pelo secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, OMM, Petteri Taalas, ao apresentar um novo relatório da agência da ONU nesta terça-feira durante a COP28, em Dubai.

Emissões e combustíveis fósseis

A década de 2011 a 2020 foi, assim, marcada por recordes de temperatura, tanto em terra quanto no oceano. Durante esse período, as concentrações de gases do efeito estufa aumentaram continuamente, contribuindo, então, para a dramática perda de geleiras e o aumento do nível do mar.

No recente evento, conforme relato da “ONU News”, os países concordaram em estabelecer um novo fundo voluntário. Este fundo visa compensar nações vulneráveis por perdas e danos resultantes das mudanças climáticas. Entretanto, nos próximos dias, estão previstas negociações desafiadoras relacionadas a metas para a redução de emissões de gases do efeito estufa e a eliminação do uso de combustíveis fósseis.

Transformação da última década

O relatório do Estado do Clima, então, revela que entre 2011 e 2020, mais países registraram temperaturas recordes do que em qualquer outra década. Ele também alerta, contudo, para a “transformação particularmente profunda” ocorrendo nas regiões polares e em áreas de grandes altitudes.

A OMM, por conseguinte, ainda alerta que os impactos climáticos estão minando o desenvolvimento sustentável, com impactos severos na segurança alimentar global, deslocamentos e migrações.

Aquecimento contínuo em década

Cada década desde a de 1990 foi mais quente, sem sinais de reversão, afirma o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. Reduzir as emissões é essencial para evitar o descontrole climático.

O relatório destaca avanços e preocupações. Eliminar produtos que destroem a camada de ozônio reduziu o buraco na Antártida de 2011 a 2020. Previsões e alertas precoce reduziram vítimas, mas perdas econômicas aumentaram.

Apesar do aumento no financiamento climático de 2011 a 2020, o relatório destaca a necessidade de um aumento sete vezes maior até o final da década para alcançar metas climáticas.

Ar-condicionado

Com o aumento das temperaturas, a demanda por condicionadores de ar e equipamentos de resfriamento cresce. Durante as negociações climáticas da COP28, um relatório sugere reduzir emissões nesse setor.

Mais de 60 países aderiram ao “compromisso de resfriamento” para mitigar o impacto climático. Isso pode proporcionar acesso universal a resfriamento, aliviar pressões em redes de energia e economizar trilhões de dólares até 2050.

O Pnuma estima que mais de 1 bilhão de pessoas, principalmente na África e Ásia, enfrentam alto risco devido ao calor extremo, devido à falta de acesso ao resfriamento.

Ondas quentes assolam última década

Além disso, quase um terço da população mundial está exposto a ondas de calor mortais por mais de 20 dias ao ano. O resfriamento traz alívio às pessoas e é essencial para várias áreas e serviços críticos, como segurança alimentar global e entrega de vacinas por meio de refrigeração.

Mas ao mesmo tempo, o resfriamento convencional, como o ar-condicionado, é um grande impulsionador das mudanças climáticas, responsável por mais de 7% das emissões globais de gases de efeito estufa. Se as necessidades energéticas para o resfriamento de espaços não forem gerenciadas adequadamente, triplicarão até 2050, juntamente com as emissões associadas.

Se as tendências de crescimento atuais continuarem, os equipamentos de resfriamento representarão 20% do consumo total de eletricidade e podem mais que dobrar até 2050.

Devoradores de energia

O relatório do Pnuma destaca que medidas para reduzir o consumo de energia dos equipamentos têm potencial para diminuir em 60% as emissões setoriais projetadas até 2050.

Inger Andersen, diretora executiva do Pnuma, enfatiza que o setor de resfriamento deve expandir-se para proteger contra o aumento de temperaturas. Isso é crucial para manter a qualidade e segurança dos alimentos, garantir a estabilidade das vacinas e promover economias produtivas.

No entanto, ela ressaltou que esse crescimento não deve vir “à custa da transição energética e de impactos climáticos mais intensos”

Compromisso Global de Resfriamento

O Compromisso Global de Resfriamento, uma iniciativa conjunta entre os Emirados Árabes Unidos, anfitriões da COP28, e a ‘Cool Coalition’ liderada pelo Pnuma, lançou o relatório. O documento delineia ações que devem ser tomadas, incluindo a implementação de estratégias de resfriamento passivo, como isolamento, sombreamento natural, ventilação e superfícies refletivas. Além disso, destaca a necessidade de adoção de padrões mais elevados de eficiência energética e uma rápida redução de hidrofluorocarbonetos, responsáveis pelo aquecimento climático.

Seguir as recomendações do relatório poderia reduzir as emissões previstas para 2050 em cerca de 3,8 bilhões de toneladas de CO2 equivalente.

Fonte: Datagro

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