A colheita da segunda safra de milho já começou de forma localizada no Paraná e em partes do Mato Grosso, enquanto a safra de verão segue para a reta final. Com o aumento da oferta no mercado físico, as cotações do cereal vêm sendo pressionadas para baixo, conforme apontam pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
A maior disponibilidade do grão ocorre em um momento de demanda mais retraída. Compradores, atentos às projeções de uma safra volumosa, optam por postergar as negociações, apostando em novas quedas nos preços nas próximas semanas.
No cenário internacional, os preços do milho mostram movimento oposto. O mercado externo registra valorização. Esse movimento é influenciado por chuvas intensas na Argentina. Também há tempestades em importantes áreas produtoras dos Estados Unidos. Além disso, as previsões indicam risco de geadas no Centro-Sul do Brasil nos próximos dias. Ainda assim, o cenário global mais aquecido não consegue segurar a queda nas cotações do milho brasileiro.
Além das questões climáticas, o setor segue acompanhando os possíveis impactos da confirmação de um caso de influenza aviária em uma granja comercial no Brasil. O episódio levanta preocupações sobre a demanda futura pelo cereal, já que o milho é insumo essencial na alimentação de aves.
Fonte: Aline Merladete | Agrolink
