Rússia alerta para instabilidade e guerra no Oriente Médio

Rússia alerta para instabilidade e guerra no Oriente Médio
Imagen: Canva

O Kremlin alertou nesta sexta-feira que o Oriente Médio está mergulhando em “um abismo de instabilidade e guerra” e, por isso, manifestou preocupação com o agravamento do cenário regional. Moscou afirmou estar pronta para atuar como mediadora diante da escalada de tensões envolvendo Irã, Israel e Estados Unidos.

A Rússia, que mantém relações estreitas com o Irã e também laços com Israel, além disso, pediu aos EUA que evitem qualquer ataque a Teerã e que busquem uma solução diplomática para a crise em torno do programa nuclear iraniano. Questionado se Moscou teria alguma “linha vermelha” diante da situação, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu que “os países da região é que deveriam ter suas próprias linhas vermelhas”.

“A região está mergulhando em um abismo de instabilidade e guerra”, declarou Peskov. “Essa guerra está repleta de risco de expansão geográfica e consequências imprevisíveis. Essa região está em nossas fronteiras. Portanto, é potencialmente perigosa para nós e estamos preocupados.”

Embora a Rússia não tenha fronteira direta com países do Oriente Médio, sua região sul, no Cáucaso do Norte, faz divisa com ex-repúblicas soviéticas vizinhas do Irã e da Turquia — o que, segundo o Kremlin, aumenta o grau de risco estratégico para Moscou.

Alerta nuclear e tentativas de contenção diplomática

Peskov afirmou que Moscou mantém canais de comunicação abertos com Israel, Estados Unidos e Irã. Ele disse que a Rússia acompanha com atenção a intenção israelense de prosseguir com ações militares. Segundo o porta-voz, é difícil prever se uma eventual oferta de mediação por parte do presidente Vladimir Putin seria aceita. Ainda assim, ele reiterou que a Rússia defende o fim das hostilidades e o retorno à via diplomática “o mais rápido possível”.

No centro das preocupações russas está a usina nuclear de Bushehr, no Irã, onde trabalham centenas de técnicos russos. O chefe da estatal Rosatom, Alexei Likhachev, afirmou nesta sexta-feira que a situação na usina permanece “normal” e sob controle. No dia anterior, o Exército de Israel chegou a anunciar que havia atingido Bushehr, mas depois corrigiu a declaração, classificando-a como um erro.

Likhachev alertou que qualquer ataque à instalação poderia causar um desastre comparável ao de Chernobyl. “Esperamos sinceramente que todos os nossos sinais de ontem tenham chegado à liderança israelense”, disse ele nesta sexta-feira, em São Petersburgo.

Segundo o executivo, cerca de 300 funcionários russos atuam atualmente em Bushehr, além de familiares, totalizando aproximadamente 500 pessoas sob responsabilidade direta da Rússia.

Fonte: Guy Faulconbridge e Dmitry Antonov | Noticias Agrícolas

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