
A gripe aviária voltou a chamar atenção do setor agropecuário brasileiro em 2025, especialmente após a confirmação do primeiro caso em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. A especialista Stefany Fitz, da Animal Profat, analisou os desdobramentos desse cenário no artigo publicado no site da Mundo Agro, abordando os efeitos econômicos e comerciais gerados pelo surto da doença.
No texto, Stefany explica como a confirmação do caso levou à decretação de estado de emergência zoossanitária e à aplicação de medidas sanitárias rigorosas. Ainda que o surto tenha sido pontual e rapidamente contido, as repercussões no mercado interno foram relevantes. O Brasil enfrentou 28 dias de restrições nas exportações de carne de frango, e a incerteza inicial impactou diretamente os preços.
Além disso, a gripe aviária contribuiu para a retração na demanda por farelo de soja, utilizado na nutrição animal. Isso ocorreu em um momento de safra recorde, o que gerou excesso de produto no mercado e acentuou a queda nos preços. A ampla oferta e a baixa demanda também afetaram o setor de farinha, diretamente ligado ao farelo.
Outro ponto de destaque é o impacto no esmagamento de soja. A redução na atratividade dos preços do óleo e do farelo — ambos influenciados por fatores distintos, como a gripe aviária e a demanda por biodiesel — comprometeu a viabilidade econômica dessa atividade. Em contrapartida, o grão de soja valorizou-se no período, impulsionado pela demanda externa, especialmente da China.
Em resumo, o artigo destaca como um único foco de gripe aviária foi capaz de provocar efeitos relevantes em toda a cadeia produtiva. Mesmo com o controle sanitário eficiente, o setor agroindustrial sentiu os reflexos econômicos na dinâmica de preços e nas decisões do mercado.
Confira a análise completa no site da Mundo Agro.