Mais um foco suspeito de gripe aviária no RS

Mais um foco suspeito de gripe aviária no RS
Imagem: Canva

O Ministério da Agricultura e Pecuária atualmente investiga um caso de influenza aviária altamente patogênica (IAAP) em uma galinha de criação doméstica em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. Curiosamente, o mesmo município havia confirmado um caso de Doença de Newcastle em 17 de julho do ano passado.

Além disso, há outra investigação em curso no Estado, desta vez em um joão-de-barro, no município de Montenegro. Vale destacar que, foi justamente nessa cidade que o Brasil confirmou o primeiro foco de gripe aviária altamente patogênica em granja comercial, no dia 15 de maio.

Casos se espalham e ameaçam status sanitário do Brasil

Até a manhã desta quarta-feira (28), o Ministério da Agricultura contava com 11 investigações em andamento. Além das duas ocorrências no Rio Grande do Sul, há também uma investigação envolvendo um trinta-réis-de-bando em Armação de Búzios, no Rio de Janeiro. No estado da Bahia, há dois casos em análise: um em um pombo em Ilhéus e outro em uma galinha de subsistência em Aurelino Leal.

Ademais, foram abertas investigações em galinhas de subsistência nos municípios de Salitre e Quixadá, no Ceará. Ainda no mesmo estado, há um foco sob análise envolvendo um batuiruçu-de-axila-preta em Icapuí. No Pará, uma ave de subsistência em Carajás também está sob investigação. Já no Amazonas, o caso envolve uma ave doméstica (marreco) no município de Manacapuru. Por fim, há ainda um caso sob apuração em uma granja comercial localizada em Aguiarnópolis, no Tocantins.

Brasil em contagem sanitária decisiva

Desde o dia 22 de maio, o Brasil deu início à contagem regressiva de 28 dias para se autodeclarar livre da influenza aviária em plantéis comerciais. Para que isso ocorra, é essencial que não haja novos registros da doença durante esse período. De acordo com informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o principal fator de risco que pode comprometer esse processo é a confirmação de novos focos em granjas comerciais. Nesse caso, o status sanitário do país ficaria ameaçado, impactando diretamente a credibilidade do Brasil no mercado internacional.

Além disso, a Organização Mundial para a Saúde Animal (OMSA) informou que, no dia 23, alterou o indicador geográfico do evento de “evento ocorre no país” para “evento ocorre na zona”. A mudança ocorreu após o Brasil fornecer informações adicionais sobre a situação. O Ministério da Agricultura confirmou o foco da doença pela primeira vez no dia 15 de maio. O caso foi registrado em uma granja comercial localizada em Montenegro, no estado do Rio Grande do Sul.

Governo reforça sistema sanitário com novas contratações

Ontem (27), o MAPA confirmou um caso de IAAP em no município de Mateus Leme, em Minas Gerais. Os técnicos examinaram três aves silvestres e confirmaram a contaminação. De acordo com o Ministério, as aves infectadas eram um ganso, um cisne-negro e um pavão-comum. Com este foco, o Brasil contabiliza 165 casos da doença em aves silvestres, três em aves de subsistência e um em granja comercial.

Devido ao estado de atenção em que o país se encontra, causado pelo caso confirmado em granja comercial em Montenegro (RS) e pelas investigações em curso, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou ontem (27), durante fala na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal, que o Mapa publicou, na última semana, o Edital nº 2/2025. Esse edital tem como objetivo principal definir os critérios de alocação das 440 vagas oferecidas no CPNU, sendo 200 destinadas a cargos de auditores fiscais agropecuários e 240 para agentes de atividades agropecuárias, de inspeção sanitária e industrial de Produtos de Origem Animal, além de técnicos de laboratório.

“Nos antecipamos e já realizamos o chamamento de 440 novos servidores para o Ministério da Agricultura, reforçando, assim, o Sistema Nacional de Segurança Sanitária. Esses novos servidores já estão em processo de capacitação para serem incorporados ao sistema. Além disso, está prevista a realização de um aditivo de mais 25% e, caso necessário, há previsão legal, por meio de decreto, para a ampliação em até 50%. Esse é um compromisso firme do governo do presidente Lula. Estamos falando de quase mil novos colaboradores públicos dedicados à segurança sanitária brasileira”, afirmou Carlos Fávaro.

Fonte: Letícia Guimarães | Notícias Agrícolas

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