
De acordo com informações da Bolsa de Cereales de Buenos Aires (PAS), a safra de girassol da Argentina no ciclo 2023/24 alcançou resultados históricos, tanto em área cultivada quanto em produtividade e faturamento. Produtores semearam 2,05 milhões de hectares, o que representa um aumento de 10,8% em relação à campanha anterior, configurando essa safra como a segunda maior área plantada da série histórica. Esse avanço ocorreu principalmente devido à expansão nas regiões de Santa Fe, além das áreas do centro e oeste da zona agrícola argentina.
Produtividade recorde impulsiona faturamento e exportações
As condições climáticas foram bastante favoráveis durante o período crítico do desenvolvimento das lavouras, com boa disponibilidade hídrica e sem a influência dos meses de maior estresse térmico e hídrico que costumam ocorrer no verão. Mesmo com alguns temporais registrados na reta final do ciclo, o rendimento médio nacional atingiu 23,4 sacas por hectare (qq/Ha), superando o recorde anterior de 22,2 qq/Ha registrado na safra 2014/15, estabelecendo assim um novo marco histórico de produtividade para o país.
O excelente desempenho no campo fez com que a produção total da safra atingisse 4,7 milhões de toneladas. Esse volume também é recorde e representa um aumento de 30,6% em comparação com a safra anterior, que havia encerrado com 4,6 milhões de toneladas. Esse crescimento robusto reflete diretamente na economia do país vizinho. A Argentina deve receber 53% a mais de receitas em relação ao ciclo anterior, totalizando US$ 2,042 bilhões.
Além disso, o aumento na produção e nos embarques externos resultará em uma arrecadação fiscal de US$ 478 milhões. Esse valor representa um incremento de US$ 144 milhões em relação à safra passada. As exportações de girassol e seus derivados também devem atingir US$ 1,521 bilhão. Esse montante supera em US$ 68 milhões o registrado no ciclo anterior, fortalecendo ainda mais a balança comercial do agronegócio argentino.
Fonte: Letícia Guimarães | Agrolink