Soja fecha com leves quedas em dia morno na Bolsa de Chicago
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A semana começou morna para o mercado da soja na Bolsa de Chicago. Apesar disso, os futuros da oleaginosa trabalharam o dia todo com tímidas variações, caminhando de lado, e concluíram os negócios com pequenas baixas de 0,75 a 2,75 pontos nos principais vencimentos. Como resultado, o contrato de agosto foi a US$ 10,01 e o de setembro a US$ 9,94 por bushel. Por fim, o contrato novembro, referência para a nova safra americana, caiu 0,50 ponto e fechou em US$ 10,08.
Faltam novas notícias aos traders. O mercado segue pressionado por seus fundamentos. Ainda assim, os traders mantêm muita atenção nos cenários geopolítico e macroeconômico. Um dos focos é o dólar, que voltou a subir nesta segunda-feira, aproximando-se do patamar dos R$ 5,60. Esse movimento também ajudou a pressionar as cotações.
“A soja vinha recuando pela lentidão no farmer selling e, especialmente, no fraco ritmo das vendas de exportação da soja americana”, afirmaram os analistas da Agrinvest Commodities na tarde desta segunda-feira.
USDA frustra mercado e pressiona preços da soja em Chicago
E ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de embarques de grãos, com números abaixo das expectativas do mercado, o que agiu como mais um fator de pressão sobre os preços da soja. A pressão, todavia, é limitada, uma vez que, na última sexta-feira (11), seu reporte mensal de oferta e demanda, apesar de o órgão ter reduzido sua estimativa para exportações da safra 2025/26, elevou-a para a safra 2024/25.
“Este é o primeiro número ruim para a soja em algum tempo. Por isso, ainda não é um problema por enquanto. Isso é especialmente verdade após o USDA ter revisado para cima as exportações da safra velha em seu boletim da última sexta-feira (11)”, explicou a analista internacional de commodities, Karen Braun.
Na semana encerrada em 10 de julho, os embarques de soja dos EUA somaram 147,045 mil toneladas. O mercado, no entanto, esperava um volume entre 200 mil e 500 mil toneladas. Com esse resultado, o total embarcado na safra 2024/25 alcança 46,411,264 milhões de toneladas. Esse volume representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado.
Assim, aos poucos, o mercado vai distribuindo suas atenções entre as safras velha e nova dos EUA. Ao mesmo tempo, acompanha também o ritmo de comercialização no Brasil, que tem estado mais lento nas últimas semanas — tanto para a safra velha quanto para a nova. O comportamento da demanda também segue no radar. A China continua concentrada no produto brasileiro. Já os compradores “não China” observam com atenção a soja norte-americana, que tem se mostrado mais competitiva neste momento.