UE busca acordo tarifário com EUA até julho

UE busca acordo tarifário com EUA até julho.
Imagem: Canva

O prazo para que países ao redor do mundo fechem acordos com os Estados Unidos está se esgotando, após o início de uma guerra comercial global desencadeada por Donald Trump. A iniciativa abalou os mercados financeiros e forçou autoridades a agir rapidamente para proteger suas economias.

Trump declara progresso em acordos

Mantendo grande parte da comunidade internacional em expectativa, Trump afirmou no domingo que os EUA estão próximos de concluir diversos pactos comerciais nos próximos dias. Ele declarou que os demais países serão notificados até 9 de julho sobre o aumento nas tarifas. Segundo ele, as tarifas não entrarão em vigor até 1º de agosto, representando uma prorrogação de três semanas.

Durante esse anúncio, Trump também direcionou críticas aos membros do Brics, que estão reunidos no Brasil, ameaçando impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que adote políticas consideradas “antiamericanas” pelo grupo.

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul formam o Brics, que também inclui os novos membros Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e Emirados Árabes Unidos.

UE enfrenta dilema sobre acordo com os EUA

A União Europeia está, atualmente, dividida entre buscar um acordo comercial rápido e limitado ou, por outro lado, manter sua posição de influência econômica com o intuito de conquistar um resultado mais vantajoso. Apesar disso, as esperanças por um acordo comercial abrangente antes do prazo final de julho já haviam diminuído.

Nesse sentido, “queremos chegar a um acordo com os EUA e evitar tarifas”, declarou o porta-voz europeu durante uma coletiva diária. “Nosso objetivo é alcançar resultados em que todos saiam ganhando, e não em que todos saiam perdendo.”

Negociações comerciais exigem rapidez: “tempo é dinheiro”

Na ausência de um acordo preliminar, as tarifas dos EUA sobre a maioria das importações aumentarão dos atuais 10% para as taxas estipuladas por Trump em 2 de abril. Para a União Europeia, por conseguinte, essa taxa subiria para 20%.

Enquanto isso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manteve conversas com os líderes da Alemanha, França e Itália no fim de semana, segundo informações do governo alemão. O chanceler Friedrich Merz destacou repetidamente a urgência de um acordo com o intuito de proteger setores vulneráveis às tarifas, como os de automóveis e produtos farmacêuticos.

“Tempo é dinheiro no sentido mais verdadeiro da palavra”, afirmou o porta-voz alemão a jornalistas em Berlim. Nesse sentido, deveríamos nos dar mais 24 ou 48 horas para chegar a uma decisão.

Rússia defende posição do Brics

A Rússia declarou que o Brics nunca teve a intenção de prejudicar outros países.

“É muito importante observar que o Brics se destaca por reunir países que compartilham abordagens semelhantes e uma visão de mundo comum sobre como cooperar com base em seus próprios interesses”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

“E os países do Brics nunca direcionaram, nem direcionarão essa cooperação contra terceiros países.”

Fonte: Bart H. Meijer, Friederike Heine e Dmitry Antonov | Notícias Agrícolas

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