
O anúncio do corte das tarifas por China e Estados Unidos foi o combustível que o mercado da soja estava esperando. Os futuros da oleaginosa sobem forte na manhã desta segunda-feira (12) na Bolsa de Chicago. As cotações registravam ganhos de mais de 1% — entre 15,50 e 16,25 pontos nos principais contratos. O contrato julho era negociado a US$ 10,60 e o setembro a US$ 10,42 por bushel.
O comunicado conjunto das duas maiores economias do mundo mexeu com todos os mercados e pegou a soja em cheio. Além de estar no coração do conflito comercial, havia muita expectativa dos traders em relação ao início do acordo. Eles buscavam entender como seria a demanda pela soja norte-americana, especialmente com uma nova safra sendo plantada.
Assim, não sobem somente os preços da soja, mas do óleo – que te mais de 2,5% de ganho, estimulado também pelas altas fortes que exibe o petróleo – e do farelo, além de trigo e milho. A notícia contaminou todos os mercados, no mundo todo.
A China e os EUA acordaram em reduzir, drasticamente, as tarifas por expressivos 90 dias. Assim, as taxações dos EUA caem para 30% e chinesas para 10%.
O mercado da soja, todavia, não monitora apenas o complexo cenário comercial mundial. Também acompanha de perto o clima no Meio-Oeste americano, o desenvolvimento do plantio na região e a conclusão da safra na América do Sul. Destacam-se, nesse contexto, o ritmo de comercialização no Brasil e na Argentina.
Além disso, ainda nesta segunda-feira, às 13h (Brasília), o USDA traz seu novo boletim mensal de oferta e demanda, atualizando a safra velha e reportando os primeiros números da safra nova, o que também deve trazer mais volatilidade ao mercado.
Fonte: Carla Mendes | Notícias Agrícolas