Óleo de algodão registra alta impulsionado por biodiesel

Óleo de algodão registra alta impulsionado por biodiesel
Imagem: Canva

O preço do caroço de algodão disponível em Mato Grosso registrou uma queda de 1,02% na última semana, fechando na média de R$ 616,41 por tonelada. Essa redução no preço é reflexo do aumento da oferta do produto no mercado interno, decorrente do avanço do beneficiamento da safra 2023/24 no estado. A maior disponibilidade do caroço de algodão pressionou os preços para baixo, uma vez que a oferta excedente costuma provocar ajustes nos valores de mercado, conforme aponta a análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Segundo a análise, na mesma linha de queda, a cotação da torta de algodão também apresentou uma desvalorização, caindo 0,61% em comparação à semana anterior. Com isso, o preço da torta de algodão ficou em R$ 713,75 por tonelada. Essa tendência de baixa reflete o comportamento sazonal esperado durante o período de colheita e beneficiamento, quando há uma maior entrada de produto no mercado.

Contraste no mercado de algodão

De acordo com o Imea, enquanto o caroço e a torta sofrem desvalorização, o óleo de algodão segue uma trajetória oposta. Na última semana, o preço do óleo de algodão em Mato Grosso subiu 0,70%, alcançando R$ 4.122,86 por tonelada. A alta foi impulsionada, principalmente, pelo aumento do consumo proveniente das indústrias de biodiesel, que têm utilizado o óleo de algodão como matéria-prima em seus processos de produção.

Durante este período da safra, observa-se comumente uma tendência de queda nos preços de produtos derivados do algodão, como o caroço e a torta. No entanto, a movimentação da demanda, tanto interna quanto externa, será um fator chave para determinar as variações de preço nas próximas semanas. Observa-se que, dependendo das condições de mercado, o preço pode voltar a se ajustar, especialmente se houver um gande aumento na demanda ou uma redução na oferta do produto disponível, conforme dados da análise semanal.

Fonte: Seane Lennon | Agrolink

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